Piscicultura em alta: Evento da EPAMIG reúne produtores de 27 municípios em Felixlândia

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Piscicultura em alta: Evento da EPAMIG reúne produtores de 27 municípios em Felixlândia

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PISCICULTURA EM ALTA: EVENTO DA EPAMIG REÚNE PRODUTORES DE 27 MUNICÍPIOS EM FELIXLÂNDIA

    Mais de duzentas pessoas participaram do Encontro Regional do Cultivo de Peixes em Tanques-Rede promovido pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), na Fazenda Experimental de Felixlândia, nos dias 26 e 27 de abril.
    Os participantes assistiram, no primeiro dia, palestras sobre cultivo de peixes em tanques-rede, qualidade da água, beneficiamento e processamento do pescado, redução do impacto ambiental através do aproveitamento de resíduos e de discussão sobre o panorama da piscicultura em tanques-rede na represa de Três Marias. No segundo dia, todos participaram do dia de campo na Fazenda Experimental da EPAMIG, em Felixlândia, que apresentou estações sobre sistema de cultivo, qualidade da água, aproveitamento integral do pescado.
    Segundo o diretor de Biodiversidade do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Célio Valle, "o evento foi muito importante, pois a piscicultura é uma atividade muito boa para o produtor que quer ganhar dinheiro trabalhando. A atividade de piscicultor é uma atividade trabalhosa, tem que ser feita com cuidado, com conhecimento da produção, do mercado, com muita dedicação. É preciso que o produtor esteja muito bem informado. Esta é a intenção desse evento da EPAMIG, que estimula os participantes a perceberem que esta atividade pode ser desenvolvida desde que planejada". Célio Valle faz um alerta: "Um erro muito comum nesta atividade é o produtor, no fim, esquecer que ele tem que vender o seu peixe. Se ele produz toneladas de peixes e, na hora de vendê-las não tem mercado, não tem preço, então ele nada consegue. O produtor precisa estudar o que é necessário para a produção, estudar o mercado. Quem achar que vai produzir peixes nas horas vagas, não vai produzi-los", diz.
    De acordo com Célio Valle, o produtor começa a ganhar dinheiro com piscicultura, em média, a partir de dois anos de trabalho. Mas isto depende muito do volume que ele estará trabalhando e da programação que ele fizer. Mercado para peixes, o Brasil tem, segundo Valle: "A população percebe cada vez mais que a carne de peixe tem valores que a carne vermelha não tem. O consumo tem aumentado. E pode aumentar mais se as prefeituras incentivarem esta atividade. Elas podem, por exemplo, incluir a carne de peixe na merenda escolar e na cesta básica", sugere o diretor de Biodiversidade do IEF.
    O associativismo é muito interessante, diz Célio Valle. "Um produtor pode produzir peixes sozinho. Mas, quando vários se reúnem, tudo fica mais fácil para eles, pois poderão comercializar volume maior de peixes, poderão comprar produtos com preços melhores e trocar informações entre eles. Mais eventos como este devem ser realizados, pois esclarecem os produtores do que podem fazer com segurança", explica.
    No encerramento do Encontro, o presidente da EPAMIG, Baldonedo Napoleão destacou o lançamento do Programa de Desenvolvimento Tecnológico da Agropecuária (Prodesag) que seria lançado na região logo após o evento de piscicultura. Segundo Baldonedo, o Prodesag ajudará muito aos produtores rurais e aos municípios no desenvolvimento de suas atividades rurais, pois todos poderão ter acesso mais fácil às tecnologias da EPAMIG, inclusive para a piscicultura, pois tem um programa destinado à atividade.
    Já a coordenadora do Encontro, Bete Lomelino (pesquisadora da EPAMIG), disse que o número de participantes superou sua expectativa e que foi visível o entusiasmo dos participantes. Ela também destacou o apoio do IEF, da Emater e da prefeitura de Felixlândia. Segundo a pesquisadora, novo encontro regional de piscicultura deverá ser realizado até o final deste ano, em Felixlândia, com espécies nativas da bacia do São Francisco.




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