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NOTA TÉCNICA - VACA LOUCA

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No Brasil, não há relatos da EEB (Encefalopatia Espongiforme Bovina) ou BSE (Bovine Spongiform Encephalopathy), conhecida popularmente como “Doença da Vaca Louca”, sendo o país livre da doença.

A legislação brasileira, desde 2001, proíbe a  importação de ruminantes, embriões e produtos derivados destas espécies, quando procedentes e/ou originários de países que registraram casos autoctones da encefalopatia espongiforme bovina. Os animais que entraram no país antes dessa proibição são monitorados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) no Estado. É proibido o abate para consumo de animais oriundos de países de risco para EEB.

A EEB é uma doença priônica enquadrada no grupo das doenças classificadas como Encefalopatias Espongiformes Transmissíveis (EETs). Trata-se de uma enfermidade progressiva, degenerativa, fatal e transmissível que afeta o Sistema Nervoso Central de bovinos adultos.

Há outras EETs já diagnosticadas, sendo estas: Doença de Creutzfeldt-jakob (CJD) e sua variante (vCJD), Kuru, Síndrome de Gerstmann-Sträussler-Scheinker (GSS), Insônia Familial Fatal (IFF), a Encefalopatia da Marta, a Encefalopatia Felina, a Encefalopatia dos Ruminantes Silvestres.

A EEB leva a uma alteração comportamental do animal (agressividade, hiperestesia - reação exagerada a estímulos externos, desequilíbrio, alteração postural, movimentação anormal, etc), além de queda na produção de leite e perda de peso.

É de grande importância em todo mundo porque é uma zoonose, sendo um problema de saúde pública. Há relatos de ocorrência de uma encefalopatia em homens após consumo por estes de carne ou proteína de origem animal de um bovino acometido por EEB. Esta zoonose é a variante da Doença de Creutzfeldt-jakob (vCJD).

A ocorrência desta enfermidade em um país causa grande impacto na economia devido ao embargo econômico (restrição nas exportações de produtos contendo proteína animal).

Diante destes fatos, um esforço por parte de todos envolvidos na cadeia produtiva nacional, incluindo o Serviço Público e Privado, além de Instituições de Ensino e Pesquisa, deve ser feito para que o Brasil se mantenha livre da doença.

Trabalho do IMA

O Laboratório de Saúde Animal (LSA) do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) é um dos três laboratórios do país a realizar diagnóstico para esta doença, sendo ainda responsável por análises de GO, DF, RJ e ES. Minas tem recebido auditorias constantes de órgãos internacionais (OIE e Comissão Européia), que têm feito ótimas avaliações dos trabalhos laboratoriais do órgão. De 2004 até abril de 2009, o LSA realizou 1.948 exames e nunca houve um diagnóstico positivo para a doença.

Além disso, o IMA realiza o acompanhamento do trânsito de bovinos importados, sendo obrigatório ao proprietário de animal importado comunicar ao órgão a transferência desses animais para outros locais. A obrigatoriedade se estende se ocorrer a morte do animal.

Todos os bovinos vindos de outros países devem ser cadastrados e monitorados mensalmente por técnicos do IMA. São avaliados o estado de saúde e a alimentação dada aos animais.

Mediante as atividades realizadas pelo Serviço Veterinário Oficial de Minas Gerais, que faz um rigoroso controle do trânsito dos animais importados de países de risco para EEB, evitando que esses sejam destinados a Frigoríficos, além da ausência da doença no Brasil, torna-se bastante reduzido o risco da Doença da Vaca Louca se disseminar no rebanho bovino brasileiro e consequentemente contaminar os seres humanos.

Assessoria de Comunicação
Instituto Mineiro de Agropecuária
Contato: (31) 3235-3504 ou 3235-3444

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