Missão européia chega a Minas Gerais na próxima quarta-fiera
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A missão européia que está no Brasil desde o dia 5, chega a Minas Gerais na próxima quarta-feira (14). A visita tem como objetivo avaliar a defesa agropecuária, o processo de certificação das carnes e o Sistema Brasileiro de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos (Sisbov).
O grupo, composto por nove representantes da União Européia, se subdividiu em três para visitar além de Minas Gerais, os estados de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e Goiás.
Em Minas, o grupo será acompanhado pelo gerente de Defesa Sanitária Animal do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), Sérgio Lima Monteiro e alguns membros de sua equipe, além de representantes da Superintendência do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento no estado.
Agenda
A previsão é de que o grupo fique em Minas Gerais até sexta-feira (16). Os auditores farão visitas a dois frigoríficos que exportam para os países da União Européia: Independência em Janaúba e Mataboi em Araguari. A comitiva também irá conhecer algumas propriedades rurais com animais aptos à exportação, empresas certificadoras e ainda as unidades do IMA dos respectivos municípios.
Segundo o diretor-geral do IMA, órgão vinculado à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Altino Rodrigues Neto, o foco da missão é verificar a qualidade do serviço de rastreabilidade e de certificação da carne exportada pelo Brasil. “Estamos confiantes que os auditores levarão uma boa impressão do nosso trabalho. O IMA se empenha para que a utilização da rastreabilidade na pecuária mineira, tanto em animais de corte como de leite, seja difundida entre os produtores do estado. É importante destacar que, no mercado internacional, a segurança adicionada pela rastreabilidade é um fator determinante do crescimento do produto em termos quantitativos e qualitativos, criando um composto de alta competitividade para o complexo da carne bovina”, ressaltou.
Sisbov
Instituído pelo Mapa, o Sisbov tem como objetivo registrar e identificar o rebanho bovino e bubalino do território nacional, possibilitando o rastreamento do animal desde o nascimento até o abate. A adesão ao sistema é voluntária para os produtores rurais, mas se torna obrigatória no caso de comercialização de carne com mercados que exijam a rastreabilidade, como é o caso da União Européia.
Suas normas foram redefinidas através da Instrução Normativa n.º 17/2006, obrigando as empresas certificadoras à compatibilizar o trabalho de identificação de animais com o gerenciamento da propriedade e do rebanho através de auditorias periódicas, otimizando o processo até 31 de dezembro de 2008.
Até meados de outubro, 10 milhões de animais já estavam cadastrados no Sisbov, quantidade suficiente para abastecer a União Européia, maior compradora de carne bovina brasileira, que adquire o equivalente a 3 milhões de cabeças por ano. Do total exportado pelo Brasil, a participação do bloco econômico chega a 24% em volume e 35% em receita. Os números são da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC) e dizem respeito aos primeiros nove meses de 2007.
A rastreabilidade apresenta-se como uma das operações mais importantes da pecuária no momento, destacando-se ainda mais na criação de uma nova cultura entre os produtores, transformando a clássica fazenda em uma empresa rural. E consequentemente possibilitando a garantia de qualidade dos produtos que chegam aos consumidores.
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