Gilman Viana se reúne com deputados belgas
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A importância de promover um comércio mundial complementar foi o principal tema do encontro entre o presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Fábio de Salles Meirelles, o secretário de Agricultura de Minas Gerais, Gilman Viana Rodrigues, e uma comitiva de deputados belgas, na última quinta-feira(27/3), na sede da CNA, em Brasília. Após apresentação do potencial do agronegócio brasileiro, o presidente do Parlamento Valão belga, deputado José Happart, afirmou que seu país não é concorrente do Brasil, pois prioriza a produção diferenciada e a qualidade, em detrimento das commodities em larga escala. “Somos capazes de comprar e temos moeda forte”, reforçou o parlamentar belga. Para o presidente da CNA, é vantajoso para o Brasil manter um intercâmbio cada vez maior com países como a Bélgica, que investem em pesquisa e tecnologia, aplicadas à agropecuária.
Essa interação complementar no mercado internacional foi defendida também pelo secretário de Minas e presidente da Comissão Nacional de Comércio Exterior da CNA, Gilman Viana. “O comércio mundial não pode ser substitutivo, mas complementar. Não podemos impor nosso produto. Temos que fazer propaganda das nossas potencialidades”, afirma. Para ele, a melhor estratégia de mercado é divulgar a qualidade, a capacidade produtiva e os preços da produção brasileira para que os compradores saibam onde procurar quando houver interesse.
Gilman Viana apresentou aos belgas o peso da agropecuária na economia brasileira e o ganho de produtividade que o setor tem conquistado nos últimos anos. Segundo levantamento da CNA, de 1991 a 2008, a produção de grãos cresceu 104%, enquanto a área plantada aumentou apenas 21%, no mesmo período. O secretário de Minas Gerais mostrou ainda um mapa que demonstra que a plantação de cana-de-açúcar não representa risco para preservação da Amazônia. Ex-produtor rural, o presidente do Parlamento Valão sugeriu aos brasileiros que usem o grande volume de terras agricultáveis no Brasil para produzir cana-de-açúcar, considerando que o etanol será uma demanda planetária.
Entre os desafios do agronegócio brasileiro, Gilman Viana citou a deficiência na infra-estrutura de transportes, a burocracia da legislação trabalhista e o protecionismo do mercado internacional, por meio de barreiras tarifárias e subsídios. Sobre o apoio aos agricultores, os deputados afirmaram que é “politicamente impossível” reduzir subsídios, considerando a cultura local e característica e a pequena escala da produção.
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