Especialistas traçam perfil da pecuária leiteira no Norte de MG

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Especialistas traçam perfil da pecuária leiteira no Norte de MG

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A Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais e a Embrapa Gado de Leite concluíram um estudo que traça o perfil da atividade leiteira no Norte do Estado. O objetivo foi identificar diferentes sistemas de produção e sua eficiência. “O estudo é fundamental para traçar estratégias de assistência técnica e pesquisas voltadas à atividade na região, principalmente em relação à alimentação dos animais”, afirma o assessor da Secretaria, Rodrigo Venturin.



A produção de leite do Norte de Minas é de 261 milhões de litros por ano, cerca de 4% da produção estadual. “Os sistemas de produção na região são muito heterogêneos, com níveis tecnológicos e índices de produtividade diferenciados”, explica Venturin. A pesquisa identificou três grupos distintos de pecuaristas, sendo o grupo A  formado por produtores com 23 hectares de área média de pastagem. Este grupo representa 80% dos pecuaristas do Norte e responde por 51% da produção leiteira.



O grupo B é composto por produtores com áreas de pastagem com média de 155 hectares e que respondem por 38% do leite produzido no Norte de Minas. Ele representa 19% dos produtores de leite da região. Já o grupo C representa apenas 1% dos produtores do Norte, mas responde por 12% do leite produzido. O grupo C é formado por aqueles pecuaristas com área média de pastagem de 239 hectares.



Os produtores do grupo A respondem por 74% das vacas ordenhadas da região. A taxa de ocupação nas pastagens é de 1,71 animal por hectare. Os produtores do grupo B são os que apresentam o menor aproveitamento de animais por área. A média é de 1,19 vaca por hectare. O rebanho deste grupo responde por 22% das vacas ordenhadas na região. Com uma taxa de lotação de 2,18 animais por hectare, o grupo C é responsável por 4% das vacas ordenhadas do Norte de Minas.



A alimentação fornecida aos animais também apresentou grandes diferenças entre os grupos. O grupo A utiliza apenas pastagem como alimentação volumosa para o rebanho. O grupo B, além da pastagem, também planta capineira, cana-de-açúcar e sorgo para silagem. Os produtores do grupo C também incorporam silagem de milho à alimentação. O plantio do milho é irrigado. É o único grupo que utiliza esta tecnologia.



O estudo também fez um levantamento em relação ao uso de máquinas, mão-de-obra e reprodução. “O estudo no Norte de Minas foi o primeiro. Os próximos levantamentos serão feitos nas regiões da Zona da Mata, Sul de Minas, Central e Vale do Mucuri”, comenta Rodrigo Venturin.  



A pesquisa completa sobre a atividade leiteira no Norte de Minas pode ser conferida no Centro de Inteligência do Leite (www.cileite.com.br), no link “Panorama do Leite”.



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