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Dia de campo apresenta algodão transgênico da agricultura familiar

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Os resultados da primeira experiência de plantio de algodão transgênico em áreas de agricultura familiar, em Minas Gerais, serão apresentados nesta quinta-feira (12), em um Dia de Campo no município de Catuti, Norte de Minas. Quase duzentas pessoas, entre produtores, industriais e técnicos do setor, além de autoridades, participarão do encontro, que será coordenado pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento com a sua vinculada Emater-MG. O evento tem o patrocínio do Programa Mineiro de Incentivo à Cultura do Algodão (Proalminas) e Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa).  



De acordo com o coordenador do Proalminas, Lindomar Antônio Lopes, os técnicos e pesquisadores convidados para o encontro na Unidade Técnica Demonstrativa (UTD) de Catuti esperam com ansiedade os resultados da experiência. “Será a confirmação de que o cultivo de algodão com tecnologia avançada não está restrito às grandes propriedades, sendo possível também o seu desenvolvimento nas áreas sem irrigação, desde que os agricultores se organizem e trabalhem com orientação técnica.”  O algodão a ser apresentado no dia de campo já foi aprovado pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CNTBio).



O plantio do algodão transgênico para a agricultura familiar na região está sendo patrocinado pela Associação dos Produtores em parceria com o Proalminas e tem o suporte técnico da Secretaria da Agricultura, por intermédio de suas vinculadas Emater-MG e Epamig. Segundo o coordenador, esse programa fortalece o trabalho do governo do Estado para estimular a cotonicultura no Norte de Minas, explorada basicamente por agricultores familiares. Segundo o Proalminas, essa região concentra o maior número de produtores do Estado, mas cerca de 80% da produção de algodão é proveniente do Triângulo Mineiro, Noroeste e Alto Paranaíba.



O apoio do governo estadual, por meio do Proalminas, tem por objetivo possibilitar aos pequenos produtores da região o acesso às novas tecnologias para o cultivo do algodão e aumentar a sua participação no abastecimento da pluma ao parque têxtil de Minas, que consome mais de 150 mil toneladas de pluma por ano. Um dos instrumentos utilizados são as quatro Unidades Técnicas Demonstrativas (UTDs) já em funcionamento nos municípios de Catitu, Pai Pedro, Monte Azul e Mato Verde. Nessas unidades, os  produtores podem desenvolver cultivos-modelo com a orientação de técnicos e buscar respostas para  problemas em suas áreas de plantio. Nas UTDs, os produtores também recebem orientação para se  organizar em cooperativas ou associações, o que facilita as negociações para aquisição de insumos e a comercialização do produto.

 



Biodiesel


Os participantes do dia de campo na UTD de Catitu assistirão também à palestra de um representante da Petrobrás sobre a possibilidade de utilização do algodão como matéria-prima para o biodiesel. A técnica consiste no aproveitamento do óleo contido no caroço do algodão, preservando a parte mais nobre da planta, que é a pluma. De acordo com Lindomar Lopes, trata-se de mais um forte estímulo à produção em grande escala na agricultura familiar, mas ele enfatiza que a obtenção de bons resultados depende de plantio organizado, que possibilita a busca de crédito, compra conjunta de insumos e a adoção de novas tecnologias para o cultivo. “Vale o esforço porque o algodão é considerado uma das mais rentáveis opções para o combustível alternativo, e os agricultores familiares interessados em participar do programa terão o apoio da Secretaria da Agricultura, por meio do Proalminas, e da parceria com a iniciativa privada.”



Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Assessoria de Comunicação
Social (Ascom)

Jornalista responsável: Ivani Cunha
Contato: (31) 3284-6514                  




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