Com ajuda da EPAMIG, assentados em Tumiritinga recuperam lavouras atacadas pela lagarta-do-trigo
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COM AJUDA DA EPAMIG, ASSENTADOS EM TUMIRITINGA RECUPERAM LAVOURAS ATACADAS PELA LAGARTA-DO-TRIGO
A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), em parceria com a Emater, salvou lavouras de assentados em Tumiritinga (Vale do Rio Doce), que foram atacadas pelas lagartas-do-trigo. A notícia chegou à EPAMIG em dezembro de 2007, durante a safra de verão, quando os entomologistas da EPAMIG/Sul de Minas, Júlio César de Souza e Rogério Antônio Silva, foram informados pelos engenheiros agrônomos do escritório da Emater de Tumiritinga, de um ataque agressivo e destruidor de uma lagarta em pastagens e milho, em dois assentamentos naquele município. A partir daí, EPAMIG e Emater passaram a estudar a referida lagarta.
Segundo os técnicos da Emater, o ataque ocorreu, pela primeira vez, em pastagens. Depois, na cultura do milho, que se manifestou em grande número e com grande voracidade, tendo causado prejuízos totais às lavouras implantadas nos assentamentos com sementes produzidas e fornecidas pela EPAMIG. Nesse primeiro plantio, as plantas de milho foram totalmente destruídas por essas lagartas que os pesquisadores descobriram não se tratar da lagarta-do-cartucho, principal praga do milho, de ocorrência anual. A partir daí, material vivo do novo inseto, informações e fotos foram trocados entre os pesquisadores da EPAMIG e os técnicos da Emater.
Paralelamente, em viagens realizadas pelo Sul e Oeste de Minas Gerais, os pesquisadores fotografaram e coletaram essas lagartas em lavouras de milho e, através de informações recebidas de técnicos e produtores, eles concluíram que essa lagarta, comum na região Sul do Brasil, ocorreu atipicamente, como pode acontecer na natureza, em pastagens e lavouras de milho em todo o estado de Minas Gerais e, também, em São Paulo. Esse ataque causou prejuízos e requereu controle químico, inclusive com aplicação de inseticidas por avião, para maior rapidez no combate à praga, evitando, assim, danos maiores. O inseto foi identificado como Pseudaletia sequax, que é a lagarta-do-trigo, da família Noctuidae, a mesma da lagarta-do-cartucho do milho.
Segundo os pesquisadores, que se basearam em estudos realizados com outras pragas ao longo de 35 anos e também em resultados por eles obtidos no campo e em laboratórios, com a morte de todas as lagartas dessa praga outro ataque como esse, por este inseto, não mais voltará acontecer em Minas Gerais, para tranqüilidade dos produtores. Essa informação será levada aos produtores e técnicos pela EPAMIG, através da publicação de uma Circular Técnica que está sendo produzida.
Para finalizar os trabalhos, foi realizada nos assentamentos de Tumiritinga a replantação das lavouras do milho, destruídas pela lagarta-do-trigo no primeiro plantio. O segundo plantio, em nova semeadura e sem o ataque dessa praga e também da lagarta-do-cartucho, foi um sucesso, segundo os pesquisadores. Neste mês de maio as lavouras estão bonitas, desenvolvidas, e com espigas, sem ter sido aplicado nenhum inseticida.
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