Agronegócio: Estados querem subsídios para compra de fertilizantes

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Agronegócio: Estados querem subsídios para compra de fertilizantes

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O secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Gilman Viana Rodrigues, entrega nesta terça-feira (16), ao ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, uma pauta de reivindicações do Conselho Nacional de Secretários de Estado de Agricultura (Conseagri). O pleito é resultado da reunião do conselho, realizada na última sexta-feira, em Natal, quando foram discutidos os efeitos na crise mundial no agronegócio brasileiro.

De acordo com Gilman Viana, que preside o Conseagri, as reivindicações são para ações a curto prazo. “Uma delas é a criação de um programa federal de subsídio para a compra de fertilizantes, seguindo um modelo já adotado na China e na Índia”, afirma. Segundo o secretário, a maior parte dos fertilizantes utilizada pelos dois países tem a compra subsidiada pelo governo. “Na China, o subsídio é de US$ 50 bilhões. Na Índia, o valor é de aproximadamente US$ 25 bilhões”, esclarece.

O Brasil é o quarto maior consumidor de fertilizantes no mundo. “Somos grandes consumidores, mas importamos 74% de que necessitamos”, explica o secretário. A demanda brasileira por nutrientes é de aproximadamente 10 milhões de toneladas por ano.

Outra reivindicação do Conseagri é a execução da Política de Garantia de Preços Mínimos. “O programa existe, mas nem sempre é aplicado. Além disso, o valor estipulado pelo governo federal para o preço a ser pago ao produtor fica, muitas vezes, abaixo do custo de produção”, explica Gilman Viana. Segundo ele, além da execução da PGPM é preciso rever os valores usados como base pelo governo. “Ao colher a produção, o agricultor precisar ter uma garantia do valor da venda”.  

Os secretários estaduais de Agricultura também reivindicam a adoção, pelo governo federal, de Contratos de Opção de Compra para todos os produtos incluídos na PGPM. “Ao anunciar a compra de produtos agrícolas, o governo garante uma renda mínima para o produtor. Os contratos estimulam o mercado a pagar melhor pelos produtos agrícolas”. Na opinião de Gilman Viana, “as previsões para 2009 são sombrias e ninguém sabe ainda por quanto será vendida a próxima  safra”.

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