Obter atendimento para tratamento de hemoglobinopatias

Conteúdo Principal

O que é?

Tratamento de pacientes com diagnóstico confirmado para alguma hemoglobinopatia.

Etapas, custos e documentos

1
Comparecer à Hemominas para realizar avaliação médica

O paciente e o acompanhante(se menor de idade) comparece à secretaria do ambulatório das unidades da Hemominas, de posse do encaminhamento do médico externo com diagnóstico obtido pelo teste do pezinho (crianças nascidas na rede pública) , para avaliação do médico de plantão do ambulatório da unidade de referência
incluindo o encaminhamento do médico que realizou o diagnóstico da doença.
Adultos ou crianças da rede privada,  com diagnótico tardio devem apresentar o relatório do médico externo com resultado de homograma e eletroforese de hemoglobina.
 

Documentos
Documento de identificação com foto
ou
Certidão de Nascimento
Cadastro de Pessoas Físicas (CPF)
Cartão Nacional do SUS (CNS)
Prescrição e relatório médico
Encaminhamento assinado pelo médico que solicitou a avaliação hematológica para que o paciente seja atendido.
Resultado de exames recentes
Hemograma e eletroforese de hemoglobina (ou teste do pezinho).
Valor

Não se aplica.

Canais de prestação
Presencial

Presencial

2
Agendar atendimento no ambulatório

O agendamento poderá ser feito presencialmente e também por telefone, em que deverão ser repassados os dados pessoais e o encaminhamento do médico externo e resultados de exames
 No caso do encaminhamento médico externo, o relatório médico é imprescindível, contendo minimamente hemograma e eletroforese de hemoglobina.  Estes poderáão ser enviados, previamente, para o email da unidade de atendimento do paciente, conforme descrito abaixo, para avaliação do médico de plantão.
Hemocentro de Belo Horizonte:  email: hbh.cadastropacientes@hemominas.mg.gov.br; Telefone: (31) 3768-4671 OU 3768-4596

Documentação
  • Documento de idenfiticação oficial com foto
  • Certidão de Nascimento
  • Cadastro de Pessoa Física - CPF
  • Cartão Nacional do SUS - CNS
  • Relatório médico
Valor

não se aplica

Canais de prestação
Presencial

Presencial

3
Comparecer ao setor de cadastro do ambulatório da unidade da Hemominas

O paciente comparece no cadastro do ambulatório da unidade da Hemominas onde foi feito o agendamento

Documentação
  • Carteira de Identidade
  • Certidão de Nascimento
  • Cadastro de Pessoa Física - CPF
  • Cartão Nacional do SUS - CNS
  • Encaminhamento assinado pelo médico que solicitou a avaliação hematológica para que o paciente seja atendido.
Valor

Não se aplica

Canais de prestação
Presencial

Presencial

4
Realizar a consulta

É realizada uma consulta clinica detalhada para investigação do diagnóstico, se confirmado e sendo necessário, inicia-se tratamento específico. Confirmado o diagnóstico, o paciente será encaminhado para atendimento pela equipe multi-profissional da Hemominas.

Documentação

Documentação oficial com foto ou certidação de nascimento (crianças acompanhadas de seus pais)

Valor

Não se aplica

Canais de prestação
Presencial

Presencial

5
Receber a carteira de identificação de paciente com a Hemoglobinopatia

Além da carteira de identificação de paciente, a Hemominas fornece também um relatório médico com orientações sobre sua doença, para ser entregue ao médico de referência.

 

Documentação

Documento de idenfiticação oficial. 

Valor

Não se aplica

Canais de prestação
Presencial

Presencial

6
Receber medicamento

O paciente é encaminhado para a farmácia da unidade de atendimento da Hemominas para recebimento de  ácido fólico, analgésicos (se necessário), antiobiotico profilático até os cincos anos de idade e nos esplenectomizados, enquanto houver indicação médica.

Documentação

Prescrição médica e documento de identificação ofical (no caso de medicamentos controlados)

Valor

Não se aplica

Canais de prestação
Presencial

Presencial

Quanto tempo leva?

O atendimento pode levar aproximadamente duas horas desde o momento que o paciente compareceu à Hemominas.  

Quem pode utilizar este serviço?

Pessoas com diagnóstico confirmado para alguma das hemoglobinopatias.

Legislação

Dúvidas frequentes

1- Qual a orientação em caso de dor?
A orientação é que os pacientes com doença falciforme, em caso de crises álgicas ou crises vaso-oclusivas, iniciem com analgésicos comuns, como dipirona ou paracetamol (se não tiverem história de alergia); em caso de dores mais fortes, codeína, e se não apresentarem melhora em 4 horas ou se as dores piorarem, procurar o Hospital de Urgência mais próximo, mantendo hidratação oral frequente.

2- O que fazer em caso de sinais de alerta da doença falciforme?
Procurar imediatamente o Hospital de Urgência referenciado, na presença de sintomas como: febre, desidratação, acentuação da palidez e/ou da icterícia (escleras amareladas), aumento súbito do tamanho do baço, distensão abdominal súbita, alterações neurológicas, tosse, (dor no tórax), dispneia (falta de ar), vômitos e inapetência. Em homens, uma complicação da doença falciforme é o priapismo. 

Em caso de gravidez, procurar o hospital de referência Maternidade Odilon Bherens e  agendar consulta de urgência no Hemocentro; em caso de intercorrências, procurar Maternidade Odilon Bherens, em Belo Horizonte. Lembrando sempre que é fundamental que o médico que está assistindo o paciente com doença falciforme entre em contato com o médico plantonista do Hemominas, através do telefone Ligue Minas  155 - opção 1 - Atenção falciforme!

3- Que outras orientação devem ser observadas?
Os pacientes precisam ter acompanhamento regular no Centro de Saúde próximo à sua residência para acompanhamento pediátrico, em caso de crianças, e clínico, no caso de adultos. Também é importante o autocuidado: hidratação oral frequente, alimentação balanceada rica em verduras, legumes, frutas, pois a nutrição é fundamental para qualquer indivíduo e, principalmente, para os pacientes com doença falciforme, que têm um metabolismo acelerado pela doença. Usar calçados  confortáveis para evitar ferimentos nos pés e pernas, pois eles têm mais tendência a ferimentos, como úlceras de perna e riscos de infecções.

E mais: estar em dia com as vacinas básicas e específicas, pois os pacientes com doença falciforme são mais susceptíveis a infecções. Estar em dia com consultas médicas, incluindo consultas e exames laboratoriais que os médicos solicitarem; importância do controle com equipe multidisciplinar (odontologia, cardiologia, oftalmologia e outros, de acordo com as alterações que o paciente apresentar).

Talassemia
1- Com relação à talassemia, quais as medidas preventivas a serem observadas?
Manter avaliação de rotina na unidade básica de saúde de referência para que outros aspectos da saúde sejam acompanhados (por exemplo: vacinação, hipertensão arterial, diabetes, programa de saúde da criança e do homem, nutrição, etc.); manter a avaliação regular com a equipe multiprofissional no hemocentro em que realiza o tratamento; participar dos programas de tratamento recomendados pela equipe do hemocentro.

2- Quais as principais orientações os pacientes e familiares devem ter?
Quanto mais cedo for detectada a anemia e iniciado o tratamento, maiores as chances da criança com talassemia maior chegar à vida adulta. Assim, a participação da família é muito importante para dar apoio e encorajar o paciente a seguir uma vida normal. Para mais informações acesse o portal da Associação Brasileira de Talassêmicos (ABRASTA).

Outras hemoglobinopatias
1- Com relação às outras hemoglobinopatias, qual o tratamento recomendado?
O tratamento constitui-se em acompanhamento clínico e hematológico. A necessidade de terapia transfusional não é o habitual e dependerá da evolução clínica do paciente. O Protocolo Clínico prevê o acompanhamento regular no Centro de Hematologia e na Unidade Básica de Saúde.

2- Quais são as medidas preventivas a serem consideradas?
Manter avaliação de rotina na Unidade Básica de Saúde de referência para que outros aspectos da saúde sejam acompanhados (por exemplo: vacinação, hipertensão arterial, diabetes, programa de saúde da criança e do homem, nutrição etc.); manter a avaliação regular com a equipe multiprofissional no hemocentro em que realiza o tratamento; participar dos programas de tratamento recomendados pela equipe do hemocentro.

Outras informações

1- Doença Falciforme - O tratamento é permanente e o diagnóstico é confirmado pelo exame de eletroforese de hemoglobina. Esse exame é realizado na triagem neonatal (teste do pezinho), sendo gratuito no Sistema Único de Saúde. A eletroforese de hemoglobina é, também, disponibilizada para as gestantes durante o pré-natal no Sistema Público de Saúde e quando solicitado pelo médico assistente das Unidades Básicas de Saúde. A assistência às pessoas com doença falciforme, como em toda doença crônica, deve privilegiar a atenção mutiprofissional e interdisciplinar. Dessa forma, esses pacientes devem ser acompanhados pelos três níveis de atenção: primária (unidades básicas de saúde), secundária (hematologistas, cardiologistas, neurologistas, etc) e terciária (hospitais de alta complexidade, urgência e emergência etc). A participação da família é muito importante para dar apoio e encorajar o paciente a seguir uma vida normal, uma vez que essas hemoglobinopatias não acarretam alteração no desenvolvimento físico ou intelectual. 

2- Talassemias - O diagnóstico é realizado pela história familiar e realização da eletroforese de hemoglobina. A talassemia menor não necessita de tratamento específico. A talassemia intermediária pode requerer a indicação de transfusões de sangue. Já os pacientes com a forma maior necessitam de transfusões de sangue regulares e de medicamentos para retirar o excesso de ferro (terapia com quelante de ferro) que se acumula em determinados órgãos (coração, fígado, etc). O transplante de medula óssea, também, pode constituir uma solução terapêutica em alguns casos.

3- Outras hemoglobinopatias - As mais raras são representadas pelas HbC, HbE e HbD e a maioria dessas hemoglobinopatias causa anemia de leve a moderada intensidade. Em alguns casos, como na HbE, pode-se evoluir com anemia hemolítica mais intensa. O tratamento é permanente e constitui-se em acompanhamento clínico e hematológico. A necessidade de terapia transfusional não é o habitual e dependerá da evolução clínica do paciente.

Unidades onde o serviço é prestado

Atualizado em: