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Minas quer aumentar consumo de flores em mais de 60%

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Os produtores de flores de Minas Gerais, com orientação da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), debatem estratégias para promover o aumento do consumo em mais de 60% no mercado interno e também ampliar a participação do Estado nas exportações.  Esses temas fazem parte do Plano Setorial da Câmara Técnica de Floricultura do Conselho Estadual de Política Agrícola (Cepa), que considera a produção mineira de flores e plantas ornamentais com potencial para gerar maior retorno aos empreendedores.
O relator da Câmara Técnica Lucas Carneiro, que também é responsável pelos programas de floricultura da Seapa, informa que o consumo de flores per capita em Minas ainda é de US$ 6,00 ao ano, mas o ideal seria a relação de US$ 10,00 por pessoa/ano. Além disso, de acordo com proposta do Plano Setorial de Floricultura, os produtores, em parceria com a Seapa, procuram criar os instrumentos para aumentar a participação nas exportações do setor.

De acordo com o relator, Minas Gerais conta com cerca de 400 produtores de flores, emprega 2.633 pessoas e ocupa o segundo lugar na produção nacional, atrás de São Paulo. Atualmente, o maior volume de produção está na Zona da Mata, com 35,4%, seguida da Região Central com 16,2%, e Sul de Minas com 14,5%.

Levantamento da Secretaria da Agricultura mostra que, em Minas Gerais, há 1.152,6 hectares ocupados pela floricultura, sendo que em torno de 84% dos produtores cultivam menos de 2 hectares.”Trata-se de um setor em rápido crescimento, pois nos anos 90 a produção mineira se encontrava em quarto lugar e saltou para o segundo nos anos 2000”, explica Lucas Carneiro.

O relator da Câmara Técnica diz que o segmento está entre os que apresentam maior rentabilidade por unidade de área. “Este foi um dos fatores lembrados pelos empreendedores que mostraram, durante as Superagro 2006, interesse em investir principalmente em flores tropicais”, assinala. “O setor é altamente competitivo, exige a utilização de tecnologias avançadas e um sistema eficiente de distribuição e comercialização, mas o investimento tem alto retorno, pois o lucro pode ser dez vezes maior do que a produção de grãos”, por exemplo.

Mapa das flores

Um dos destaques do trabalho de suporte ao desenvolvimento do setor, realizado pela Seapa,  é a divisão do mapa da floricultura de acordo com vocações regionais. O Triângulo Mineiro, por exemplo, está concentrado na produção de palmeiras e plantas para jardim; no Alto Paranaíba e Noroeste encontram-se produtores de espécies para jardim, de rosas, bulbos e folhagem, enquanto o Sul se dedica especialmente às rosas, orquídeas, cactos e flores para vasos.

O mapa mostra, em primeiro lugar, as áreas ocupadas no Estado pelas chamadas flores de corte, com a rosa em 152 hectares, sempre-vivas em 58 hectares, copos de leite em 16 hectares e crisântemos em 9,5 hectares. No grupo das flores para vasos estão as orquídeas em 2,6 hectares, bromélias em 1,15 hectare, e crisântemos em 0,25 hectare. Finalmente, no grupo das mudas, as espécies para jardim ocupam 250 hectares, arbóreos 222 hectares, e palmeiras 90 hectares.

Exportação

Lucas Carneiro diz que a exportação brasileira da floricultura e plantas ornamentais girou em torno de US$ 24 milhões no ano passado e Minas contribuiu com 6%, ficando atrás de São Paulo (77%) e Rio Grande do Sul (8%). Ele aponta os principais produtos da pauta de exportações brasileiras dentro da floricultura: mudas de plantas ornamentais diversas (responsáveis por 40% dos envios); bulbos, tubérculos e outros; flores e botões para corte (responsáveis por 22% e 20% do valor exportado respectivamente).

Segundo o relator, “Minas tem potencial para aumentar sua participação nas exportações, pois além de termos empreendimentos bem montados como os localizados nas microrregiões de Andradas, Araxá e Barbacena, contamos com um imenso banco genético nativo contido nos biomas presentes no Estado.” Ele acrescenta que esse banco pode tornar-se o carro-chefe das exportações, como é o caso das plantas do cerrado, dos campos de altitude, da Mata Atlântica e caatinga. Nas regiões com essas características há espécies como plantas e flores tropicais, árvores brasileiras, orquídeas, cactos e espécies em geral do semi-árido, entre outras.

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